Especialistas em saúde continuam a conscientizar o público sobre os muitos sinais que marcam o fim da vida, incluindo um som distinto conhecido como "chocalho da morte", que geralmente ocorre nas últimas 24 horas de vida. Esse fenômeno natural, embora potencialmente desconfortável para os membros da família, é uma parte normal do processo de morrer.
A enfermeira de cuidados paliativos Julie explica que os espasmos da morte são causados por "uma pequena quantidade de saliva acumulada na parte de trás da garganta". Durante esse período, as pessoas também podem sentir febre, pois o corpo perde a capacidade de regular a temperatura interna. "Novamente, é tudo muito normal e faz parte do processo de morrer, especialmente se você está morrendo naturalmente em casa", observa ela.
Esse som ocorre quando a pessoa entra nos estágios finais da vida e não consegue mais engolir efetivamente, enquanto as secreções nas vias aéreas podem aumentar. Os profissionais de saúde descrevem o som como um "ruído úmido e crepitante" que se torna mais evidente durante a respiração. Algumas pessoas podem ouvir algo semelhante a um gemido suave a cada respiração, enquanto em outros casos, o som pode se manifestar como um gorgolejo alto ou até mesmo um ronco.
Pesquisas indicam que, após o início da agonia, as pessoas vivem, em média, cerca de 25 horas. No entanto, aqueles que recebem cuidados paliativos em casa geralmente experimentam esse processo por mais tempo em comparação com pacientes em ambiente hospitalar. Os profissionais de saúde apontam que, apesar do som preocupante, a pessoa que está passando por isso não sente dor ou desconforto.
Os profissionais podem adotar diversas medidas para suavizar o som, principalmente para o conforto dos familiares presentes. Essas intervenções incluem:
- Posicione a pessoa de lado;
- Eleve a cabeça para facilitar a drenagem das secreções;
- Umedeça a boca com hastes úmidas ou compressas;
- Use sucção para remover secreções;
- Limite a ingestão de líquidos;
- Administre medicamentos para reduzir as secreções.
A principal causa está relacionada à incapacidade do corpo de mover saliva e muco da garganta, juntamente com mudanças nos padrões respiratórios. Durante esse período, a pessoa pode experimentar momentos em que não respira por alguns segundos – algo conhecido como respiração ofegante ou dificuldade para respirar.
O Medical News Today explica que essas mudanças nos padrões respiratórios, juntamente com o acúmulo de secreções na garganta, são desenvolvimentos esperados no processo natural de morrer. Embora os tratamentos disponíveis possam ajudar a controlar o som, eles geralmente não previnem completamente os espasmos da morte. Portanto, os profissionais de saúde se concentram em educar as famílias sobre esse fenômeno, para que entendam que é um evento natural e que não causa desconforto à pessoa em seus últimos momentos.
Os especialistas reforçam que, embora os espasmos da morte possam ser perturbadores para familiares e cuidadores, representam um estágio natural do fim da vida. Os profissionais de saúde trabalham para apoiar os familiares nesse momento, explicando o processo e oferecendo medidas de conforto quando necessário.
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