Aviso: Este artigo contém descrições de abuso infantil e animal que podem ser perturbadoras para algumas pessoas.
Um caso chocante envolvendo crimes contra animais e menores ganhou destaque nos Estados Unidos após uma investigação policial que revelou mais de 150 vídeos de conteúdo ilegal. Brennah Montgomery, uma americana de 31 anos, se declarou culpada de bestialidade e posse de material que retrata a conduta sexual de uma criança, de acordo com documentos judiciais.
Tudo começou em 2021, quando o Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas recebeu uma denúncia sobre um usuário do Snapchat compartilhando conteúdo ilegal envolvendo um menor. A polícia de Las Vegas iniciou uma investigação e descobriu que o perfil estava ligado a Montgomery. Em agosto de 2022, durante uma busca em sua residência, os agentes encontraram 153 vídeos armazenados em seu celular, muitos deles supostamente mostrando a mulher abusando sexualmente de seu cachorro.
De acordo com o relatório policial, Montgomery inicialmente negou o download de material pornográfico infantil. Ela disse que os arquivos foram "baixados automaticamente" de um grupo no Telegram, um aplicativo de mensagens criptografadas. No entanto, durante o interrogatório, ela admitiu ter enviado três vídeos no Snapchat que retratavam conduta sexual envolvendo uma criança. Sobre os vídeos com o animal, a mulher reconheceu ter praticado atos sexuais com o cachorro, mas justificou que não obrigou o animal a fazer nada.
Entre os 153 vídeos encontrados, alguns eram duplicados, outros mostravam uma mulher usando manteiga de amendoim para interagir com o cachorro, e cinco deles apresentavam parcial ou totalmente o rosto de Montgomery, de acordo com as autoridades. Apesar das alegações iniciais, ela acabou aceitando um acordo judicial e se declarou culpada de dois crimes: bestialidade (classificada como "ofensa grave") e posse de material ilegal (um crime).
Nas redes sociais, um perfil no Facebook associado a Brennah Montgomery chamou a atenção. Em um post de fevereiro de 2024, ela escreveu sobre a decisão de doar seu cachorro, Piper, alegando que não podia mais cuidar dela. "Agora é a melhor chance para nós dois; novos começos trarão alegria e sucesso, especialmente para a querida Piper! Não posso mais dar a ela o cuidado que ela merece", dizia o texto. A polícia não confirmou se Piper é o animal envolvido nos vídeos, mas o post gerou especulações sobre o destino do cachorro após os abusos.
O caso vai para sentença marcada para 12 de maio. Montgomery enfrenta uma multa de US $ 7.000 e até sete anos de prisão por ambas as acusações. Além disso, ela será obrigada a se registrar como agressora sexual. A combinação de crimes contra animais e menores levantou debates sobre a eficácia das leis para combater a exploração digital e a proteção dos vulneráveis.
A investigação também destacou o papel de plataformas como Snapchat e Telegram na disseminação de conteúdo ilegal. Embora o Telegram seja conhecido por sua criptografia, o caso mostra que as autoridades podem rastrear atividades suspeitas quando recebem denúncias de organizações especializadas, como o centro que alertou a polícia sobre Montgomery.
Espera-se que o julgamento estabeleça um precedente para casos semelhantes, já que a bestialidade, embora criminalizada em vários estados dos EUA, nem sempre recebe penalidades severas. No entanto, a adição da acusação de posse de material infantil aumentou significativamente o potencial de punição para Montgomery.
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