Uma viajante experiente conta por que nunca mais voltará a Caracas: "Uma das piores experiências da minha vida"
Com a retomada das viagens internacionais após a pandemia, histórias de aventuras extraordinárias — e algumas situações inesperadas — ganharam destaque. Enquanto alguns viajantes compartilham conquistas impressionantes, como visitar 190 países, outros revelam lugares que entraram na lista de destinos a serem evitados. É o caso de Geraldine Joaquim, uma britânica de 54 anos que explorou mais de 60 países, mas que jurou nunca mais pisar em Caracas, capital da Venezuela, após uma experiência traumática.
Geraldine, que trabalha como hipnoterapeuta e coach de bem-estar, costuma viajar quatro vezes por ano e acredita na importância de conhecer tanto os aspectos positivos quanto os desafios de cada destino. No entanto, durante uma viagem de trabalho que incluiu uma escala em Caracas, ela viveu momentos de tensão que marcaram sua percepção da cidade. Tudo começou quando ela pousou no aeroporto local após um voo noturno partindo de Montevidéu, no Uruguai. Já era tarde e o terminal estava quase vazio quando Geraldine percebeu que seu traslado para o hotel não havia chegado.
Sem sinal de celular e sem ninguém para pedir ajuda, a situação tornou-se crítica. "Esperei por horas, até que um homem se aproximou e disse, em inglês ruim, que estava lá para me levar ao hotel", disse Geraldine. Apesar do alívio inicial, o cenário logo mudou: quando ela entrou no carro, notou um segundo homem no banco da frente. "Meu nível de estresse disparou. Eu nunca entraria voluntariamente em um carro com dois estranhos, mas não tinha alternativa", explicou. Durante a viagem de 30 minutos, ela segurou um pequeno canivete, retirado de sua bagagem de mão, enquanto permanecia em alerta máximo.
Apesar de chegar em segurança ao hotel, o pesadelo não terminou aí. Na manhã seguinte, quando voltou ao aeroporto para embarcar em um voo para o Reino Unido, Geraldine enfrentou outro problema: ao pagar o motorista, suas malas foram rapidamente retiradas do carro por um dos homens. Quando ela o confrontou, ela ouviu que era um "serviço de check-in informal" e que ela precisaria pagar para recuperar a bagagem. Relutantemente, ela entregou parte do dinheiro que tinha e pôde prosseguir para o voo.
A combinação de fatores – solidão no aeroporto, vulnerabilidade a estranhos e medo pela segurança pessoal – fez com que a viajante, acostumada a lidar com imprevistos, decidisse riscar Caracas de sua lista permanentemente. "Já passei por situações complicadas em outros países, mas nada se compara ao estresse daquela noite", disse ele.
O relato de Geraldine chama a atenção para os desafios que até mesmo viajantes experientes podem enfrentar em determinados contextos. Embora a Venezuela atraia turistas com paisagens como a Ilha Margarita, no Caribe, e rica biodiversidade, questões como infraestrutura turística e segurança continuam sendo preocupações para alguns visitantes. Enquanto isso, Geraldine continua planejando novas aventuras, mas com uma regra clara: nenhum itinerário incluirá uma parada na capital venezuelana.
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