Homem revela quanto o YouTube pagou por 1,3 bilhão de visualizações, e o resultado pode te surpreender

Com mais de 122 milhões de usuários ativos diários e 500 horas de conteúdo carregado a cada minuto, o YouTube é uma das plataformas mais movimentadas do mundo. Para muitos criadores, produzir vídeos se tornou uma profissão, mas uma pergunta sempre paira no ar: quanto, de fato, ganha um youtuber? Kai Nemzer, um ex-criador de conteúdo de jogos, decidiu desvendar o mistério revelando os detalhes financeiros de seu canal – e os números foram surpreendentes.

Com 1,3 bilhão de visualizações totais, 16 milhões de horas de exibição acumuladas e 2 milhões de assinantes, Nemzer ganhou US$ 157.386 em receita de anúncios. O valor, no entanto, variou drasticamente entre os vídeos. Um conteúdo longo de 8 minutos, com 4,8 milhões de visualizações, gerou 9.117 dólares (aproximadamente 51,8 mil reais), além de um patrocínio de 4.000 dólares (22,8 mil reais). Um vídeo curto de 1 minuto e 12 segundos, com 5,7 milhões de visualizações, rendeu 4.085 dólares (23,3 mil reais).

Os curtas - vídeos curtos de até 60 segundos - mostraram resultados ainda mais curiosos. Um deles, com 82,6 milhões de visualizações em apenas 54 segundos, arrecadou 4.112 dólares (23,4 mil reais). Outro, com 86,5 milhões de visualizações, faturou apenas US$ 2.925 (16,7 mil reais). O recordista de audiência ficou a um curto de 94,9 milhões de visualizações, o que atraiu 145,2 mil novos inscritos e gerou 3.395 dólares (19,3 mil reais). A diferença entre os valores chamou a atenção: vídeos com números semelhantes de visualizações tiveram ganhos desiguais.

O YouTuber Kai Nemzer acumulou 1.3 bilhão de visualizações em seu canal (YouTube/KGNemzer).

Nas redes, muitos seguidores expressaram surpresa. "157 mil dólares (894 mil reais) não é pouco, mas para 1,3 bilhão de visualizações, imaginei que seriam mais de 300 mil dólares (1,7 milhão de reais)", comentou um usuário. Outro destacou: "Eu ganho muito mais com curtas com menos visualizações. Eu esperava centenas de milhares de dólares." A transparência de Nemzer, no entanto, foi elogiada. "Obrigado por mostrar isso. Isso me ajuda a entender se vale a pena continuar no YouTube", escreveu um espectador.

Mas por que os valores flutuam tanto? Tudo depende do Programa de Parcerias do YouTube (YPP), um programa que permite a monetização. Para participar, você deve ter pelo menos 1.000 inscritos e 4.000 horas de exibição nos últimos 12 meses. Uma vez aprovado, o criador recebe 55% da receita de anúncios – o YouTube fica com os 45% restantes. O valor por visualização, no entanto, varia de 0,01 a 0,03 dólares (0,05 a 0,17 reais), em média, influenciado por três fatores principais:

1. Localização do público: Os anunciantes pagam mais para exibir conteúdo em países com maior poder aquisitivo. As opiniões dos Estados Unidos, por exemplo, geram mais receita do que as do Sudeste Asiático.
2. Tipo de anúncio: Vídeos com anúncios que podem ser ignorados após 5 segundos geralmente rendem menos do que os obrigatórios. Os anúncios de banner ou sobreposição também têm valores diferentes.
3. Temporada e competição: Durante períodos como o Natal, as empresas aumentam os orçamentos de publicidade, aumentando os ganhos por visualização.

O criador mostrou a receita de anúncios que ganhou com seis de seus vídeos no YouTube (YouTube/KGNemzer).

Além disso, vídeos longos tendem a ter mais anúncios inseridos, o que aumenta a receita. Já os shorts, apesar do alto engajamento, costumam gerar menos por visualização. Parcerias diretas com marcas são uma fonte adicional – como os US$ 4.000 que Nemzer recebeu em um único vídeo – mas dependem de negociações individuais.

Nemzer, que abandonou o conteúdo de jogos para se dedicar a orientar empreendedores no YouTube, deixou claro que os números nem sempre refletem o esforço. Seu caso mostra que, mesmo com bilhões de visualizações, fatores como duração do vídeo, localização do público e tipo de conteúdo definem o retorno financeiro. Para quem está começando, a dica é clara: entender o algoritmo e diversificar as fontes de renda — como patrocínios e afiliados — pode fazer toda a diferença.

Encontre mais matérias na Página Inicial.