Os 5 sinais de que um parceiro vai te trair, segundo um especialista

Você já sentiu borboletas no estômago quando suspeita que seu parceiro está escondendo alguma coisa? De acordo com uma pesquisa da Statista de 2021, um em cada cinco americanos traiu um parceiro em algum momento de sua vida, o que significa que as chances de estar em um relacionamento com alguém que teve esse comportamento são altas. Para ajudar a identificar sinais de alerta, a terapeuta familiar Elizabeth Winkler, com duas décadas de experiência, listou em um artigo para o Mail Online cinco comportamentos que podem indicar que um parceiro está prestes a cometer infidelidade.

Vício em sexo

Winkler explica que, ao contrário de uma traição única, o vício em sexo ou amor é um padrão compulsivo. A pessoa busca constantemente novas conexões ou experiências, mesmo que isso destrua relacionamentos. "Não se trata de amor, desejo ou insatisfação no relacionamento atual", diz o especialista. "É uma tentativa de preencher um vazio emocional, mesmo que temporariamente."

O alívio proporcionado por esse comportamento, no entanto, é temporário. Logo vem a culpa, seguida pela repetição do ciclo. O terapeuta ressalta que o vício em sexo e amor é uma condição séria que requer tratamento. Grupos de apoio, como Viciados em Sexo e Amor Anônimos, são recomendados para aqueles que enfrentam essa luta.

Precisa se sentir 'visto'

A validação externa pode ser um gatilho poderoso. Quando alguém se sente desejado ou admirado, o cérebro libera dopamina - o hormônio do prazer. Winkler compara esse efeito ao de uma droga: a sensação inicial de euforia desaparece, exigindo doses cada vez maiores para manter o mesmo "barato".

Esse ciclo é comum em pessoas com tendências narcisistas, que usam a atenção sexual para acalmar uma carência interna. "A validação externa alivia temporariamente a sensação de vazio, mas não resolve a raiz do problema", explica o terapeuta.

Se você e seu parceiro estão se distanciando recentemente, eles podem precisar de ajuda para se sentirem "vistos".

Bagagem emocional não resolvida

Traumas de infância não superados, como negligência ou luto precoce, podem influenciar comportamentos na idade adulta. Winkler ressalta que, se um parceiro experimentou uma dor significativa no passado, ele pode sabotar relacionamentos para evitar sofrer novamente. "É como destruir algo bom conscientemente, apenas para ter controle sobre o fim", diz o especialista.

A terapia de casal é essencial nesses casos. Trabalhar juntos com feridas passadas fortalece a conexão e reduz o risco de infidelidade como mecanismo de defesa.

Auto-sabotagem

Winkler conta o caso de uma cliente que traiu seu parceiro logo após ser promovida no trabalho. Apesar de seu sucesso profissional, ela se sentia indigna da felicidade que havia alcançado. O caso foi uma forma de provocar uma "catástrofe inevitável" - embora uma de sua própria autoria.

A auto-sabotagem está frequentemente ligada a inseguranças ou tristeza não resolvida. Perdas recentes, como a morte de um ente querido ou o fim de um emprego, podem reacender dores antigas, fazendo com que a pessoa inconscientemente prejudique sua própria felicidade.

Parceiro 'distante'

Qualquer pessoa que já ouviu a frase "ele está emocionalmente indisponível" sabe que este é um sinal de alerta clássico. Winkler explica que o comportamento distante está frequentemente ligado ao estilo de apego evitativo, uma teoria desenvolvida pelo psicólogo John Bowlby na década de 1950.

Pessoas com apego evitativo anseiam por conexão, mas se sentem sufocadas pela profunda intimidade de um relacionamento sério. Para se protegerem, criam barreiras emocionais, mantendo parceiros e amantes à distância. "É uma defesa inconsciente, mas pode levar à infidelidade como forma de aliviar a pressão da proximidade", acrescenta a terapeuta.

Se o seu parceiro tem tendência a se auto-sabotar, ele pode estar traindo você

Entendendo os sinais

Reconhecer esses padrões não significa que a traição seja inevitável, mas ajuda a identificar riscos e buscar soluções antes que o relacionamento entre em crise. Winkler reforça a importância da comunicação aberta e do apoio profissional para lidar com questões complexas, como vícios, traumas ou inseguranças.

Se algum desses sinais soar familiar, uma conversa honesta e a terapia podem ser os primeiros passos para reconstruir a confiança – ou, em casos extremos, repensar a viabilidade do relacionamento.

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