Drew Binsky não é um viajante comum. Com mais de 5,14 milhões de inscritos e bilhões de visualizações em seu canal no YouTube, o cineasta se tornou referência para quem quer explorar o globo sem sair de casa. Seus vídeos variam de investigações curiosas - como a história de um homem que afirma não dormir desde 1962 - a aventuras em destinos remotos como o Sudão do Sul. Mas em meio a tantas experiências incríveis, Binsky também encontrou lugares que, por vários motivos, marcaram sua lista de "menos favoritos".
Dois anos atrás, ele compartilhou um vídeo de nove minutos destacando cinco países que, de acordo com suas experiências pessoais, deixaram a desejar. Embora a lista seja controversa, o próprio Binsky reforça que se trata apenas de sua perspectiva. Descubra os destinos que desafiaram suas expectativas:
Djibuti
Localizado no Chifre da África, o Djibuti é um pequeno país de 23.200 km², cercado pela Somália, Etiópia, Eritreia e Mar Vermelho. Apesar de ser conhecida como a "Pérola do Golfo de Tadjoura" e abrigar a menor população da África continental, a passagem de Binsky pelo país em 2018 não foi tranquila.
Assim que chegou a um dos aeroportos, enfrentou problemas com o dinheiro local. Enquanto explorava as ruas, ele percebeu que havia "pouca coisa acontecendo", mesmo com a forte presença militar. A sensação de insegurança e altos custos - que ele chamou de "escandalosamente caros" - contribuíram para uma experiência frustrante. "Era um lugar difícil de entender e uma cultura complexa de decifrar", disse ele.
Chade
O Chade, um país sem litoral na África Central, também entrou na lista. Durante uma viagem de mototáxi, Binsky se separou de um amigo e acabou envolvido em uma perseguição policial - a motocicleta, segundo relatos, foi roubada. O caos continuou quando ele fotografou uma criança sem a permissão dos pais, provocando uma briga com um homem que ameaçou usar uma faca.
Apesar dos contratempos, o YouTuber não descarta voltar ao Chade. Ele manifestou interesse em participar do Festival Gerewol, uma celebração de namoro que acontece no norte do país, onde os homens se enfeitam com trajes coloridos para impressionar as mulheres.
Guiné
A República da Guiné, na costa atlântica da África, foi outro destino desafiador. Binsky visitou o país em 2019, durante um período de golpes militares. Em suas caminhadas, ele testemunhou policiais com escudos avançando pelas ruas, o que gerou a sensação de que estavam "sendo atacados". "Até para filmar com meu celular, eu estava nervoso", admitiu.
Com uma economia baseada na agricultura e na mineração, a Guiné - que tem cerca de 14 milhões de habitantes - parecia oferecer poucas opções de entretenimento ou segurança, segundo o viajante. "Estava basicamente tentando se manter seguro", resumiu.
Brunei
O único representante asiático na lista é Brunei, na ilha de Bornéu. Apesar de elogiar o Parque Nacional Ulu Temburong - uma área de 50.000 hectares de floresta tropical intocada - Binsky teve uma experiência tensa na capital, Bandar Seri Begawan. Quando visitou a Mesquita Dourada, foi expulso agressivamente por um patrono, sem entender o motivo.
"Era um lugar interessante, mas não me senti bem-vindo", disse ele. Para quem quer explorar o país, ele recomenda atividades como passeios de barco pelo rio, visitas a cachoeiras e a incrível Belalong Canopy Walkway, que oferece vistas panorâmicas da floresta.
Guiana
Completando a lista, a Guiana, na América do Sul, é o segundo país menos populoso do continente e um dos mais vazios do mundo em termos de densidade populacional. Apesar de abrigar parte da Amazônia e nove tribos indígenas, a capital Georgetown colocou Binsky em alerta. O dono de seu albergue o aconselhou a não sair depois das 19h, e o YouTuber admitiu se sentir "muito inseguro" na cidade.
Embora a Guiana tenha belezas naturais impressionantes, como a floresta tropical e cachoeiras gigantescas, a sensação de vulnerabilidade nas áreas urbanas pesou na avaliação negativa.
Uma viagem além dos destinos perfeitos
A lista de Binsky revela que mesmo os viajantes mais experientes enfrentam desafios. Djibuti, Chade, Guiné, Brunei e Guiana, cada um à sua maneira, apresentaram obstáculos que vão desde altos custos até tensões culturais e de segurança. No entanto, a crítica não apaga a singularidade desses lugares. O Festival Gerewol no Chade e as florestas de Brunei, por exemplo, mostram que mesmo destinos difíceis guardam tesouros para aqueles que estão dispostos a explorar com respeito e curiosidade.
Para os espectadores de Binsky, o vídeo serve como um lembrete de que viajar não é apenas sobre paisagens perfeitas, mas também sobre lidar com o inesperado - e crescer a partir de cada experiência, boa ou ruim.
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