A ideia de viver permanentemente em um navio de cruzeiro pode parecer um sonho de férias sem fim, mas a realidade tem suas próprias regras e responsabilidades. Christine Kesteloo, que mora em um navio de cruzeiro com o marido, engenheiro-chefe da tripulação, revelou algumas diretrizes específicas que moldam seu estilo de vida único.
Enquanto desfruta de acomodação e refeições gratuitas como "esposa a bordo", a posição de Kesteloo como esposa de um membro da tripulação vem com certas restrições. Por exemplo, o cassino, sempre cheio de passageiros entusiasmados tentando a sorte, é proibido para ela. "Porque seria um pouco estranho se eu, como esposa do engenheiro-chefe, ganhasse um grande prêmio", explica ela.
A pontualidade é outro aspecto inegociável da vida no navio. A enorme embarcação segue um cronograma rigoroso e, mesmo que você more a bordo, não garante privilégios especiais em relação aos horários de partida. Perder o navio não é uma opção, pois, como Kesteloo aponta, outra pessoa assumiria o papel de seu marido caso eles não voltassem a tempo.
A rotina de Kesteloo nas redes sociais também precisa seguir protocolos específicos. Como alguém que compartilha sua vida marítima com um grande público no TikTok, ela não pode simplesmente filmar convidados ou membros da tripulação no navio. Essa restrição também se aplica a situações sensíveis, como evacuações médicas ou incidentes de queda de passageiros ao mar, garantindo privacidade e respeito a todos os envolvidos.
As regras implícitas de etiqueta no navio também fazem parte do dia a dia de Kesteloo. Quando as áreas destinadas aos hóspedes estão lotadas, ela cede de bom grado seu espaço, reconhecendo a prioridade dos passageiros pagantes. Enquanto desfruta de refeições gratuitas, bebidas como refrigerantes e álcool têm um custo, embora com um desconto de 50% para a tripulação.
Esse estilo de vida representa uma interseção única entre férias e trabalho em alto mar. Os benefícios de acomodação e refeições gratuitas são equilibrados com limites e expectativas claros. A experiência de Kesteloo demonstra que viver permanentemente em um navio de cruzeiro, embora extraordinário, opera dentro de um conjunto de diretrizes profissionais e sociais que mantêm a ordem e o respeito nessas comunidades flutuantes.
Essas regras garantem operações tranquilas e interações adequadas entre os membros da tripulação, suas famílias e convidados, além de preservar a experiência dos passageiros pagantes. Eles moldam um estilo de vida distinto, que difere significativamente da vida tradicional em terra e de um cruzeiro de férias comum.
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