Quando o termômetro dispara no verão, ligar o ar condicionado parece ser a única solução para escapar do calor. Mas o alívio momentâneo tem um custo: o consumo de energia aumenta, a conta de luz pesa no bolso e o meio ambiente sente o impacto dos gases refrigerantes. Enquanto isso, uma nova tecnologia está ganhando terreno na Europa e promete mudar a maneira como resfriamos os ambientes.
A empresa francesa Caeli Energie desenvolveu equipamentos que desafiam os sistemas tradicionais de ar condicionado. Chamado de "cooler adiabático", o dispositivo usa um método antigo da natureza, mas com uma abordagem moderna: a evaporação da água. O processo funciona assim: quando a água evapora, ela absorve o calor do ambiente, reduzindo a temperatura. Quanto mais quente estiver lá fora, mais eficiente será o resfriamento. Esse princípio, conhecido como resfriamento adiabático, elimina a necessidade de compressores e gases poluentes, comuns em aparelhos convencionais.
A diferença no consumo é impressionante. Enquanto um ar condicionado tradicional precisa de muita energia para funcionar, o sistema da Caeli Energie consome até cinco vezes menos eletricidade. Além disso, o dispositivo não requer a instalação de unidades externas — aquelas caixas barulhentas que ficam do lado de fora das janelas. Isso libera espaço e simplifica a instalação, especialmente em apartamentos ou casas compactas.
O design do cooler também é atraente. Com formato oval e cerca de 2,5 metros de altura, é feito com materiais recicláveis, reforçando o compromisso com a sustentabilidade. Um botão central permite escolher entre três modos de operação: Smart (que ajusta a potência automaticamente), Eco (prioriza o baixo consumo) e Boost (para resfriamento rápido em dias extremamente quentes).
Em termos de eficiência, o dispositivo climatiza ambientes de 20 a 40 metros quadrados e reduz as emissões de carbono em até 80% em comparação com os sistemas convencionais. A ausência de gases refrigerantes - substâncias que contribuem para o aquecimento global - é outro ponto crucial. Enquanto um ar condicionado comum libera hidrofluorcarbonetos (HFCs), o resfriador adiabático só precisa de água para funcionar.
A tecnologia já é popular em países europeus, onde as ondas de calor se intensificaram. No Brasil, onde o verão é longo e úmido, soluções como essa podem oferecer um respiro não apenas para os usuários, mas também para as redes elétricas, que muitas vezes ficam sobrecarregadas durante a estação mais quente do ano.
Para quem busca alternativas econômicas e ecológicas, o cooler adiabático surge como uma opção viável. E o melhor: sem abrir mão do conforto.
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