Em 1941, uma foto tirada em Chicago durante a Segunda Guerra Mundial tornou-se combustível para uma das teorias mais ousadas da internet: a viagem no tempo era real e um menino anônimo era a "prova".
A imagem, tirada pelo fotógrafo Edwin Rosskam, mostra uma fila de crianças bem vestidas esperando para entrar em um cinema. Entre eles, um menino no canto direito segura um objeto retangular que, para muitos, lembra assustadoramente um iPad - um dispositivo que só seria lançado pela Apple 69 anos depois, em 2010. A descoberta, compartilhada no Reddit, gerou debates acalorados. Enquanto alguns usuários brincavam que o menino era um "viajante do futuro", outros buscavam explicações mais plausíveis para o mistério.
O objeto nas mãos do menino tem um formato semelhante ao de um tablet moderno, mas com detalhes que não correspondem exatamente aos primeiros modelos de iPad. Isso até levou à especulação de que seria um modelo mais avançado, de uma geração posterior.
Apesar do entusiasmo, historiadores e céticos lembraram que, na década de 1940, itens como cadernos de capa dura, brochuras ou mesmo revistas eram comuns. Um usuário sugeriu que poderia ser uma Bíblia, já que as crianças estavam vestidas com roupas extravagantes, possivelmente para um evento religioso antes do cinema.
Outra teoria curiosa veio de um comentarista que mencionou a prática de "pirataria analógica" na época: os funcionários do cinema observavam o público para evitar que os espectadores copiassem cenas dos filmes em cadernos.
A discussão sobre a foto, no entanto, vai além da diversão nas redes sociais. Ela aponta como a ficção científica continua a inspirar - e às vezes confundir - a imaginação humana. Enquanto alguns veem a "prova" da viagem no tempo, a ciência real está ocupada transformando sonhos impossíveis em realidade. Na Universidade de Oxford, por exemplo, os pesquisadores conseguiram teletransportar partículas de luz entre dois computadores quânticos, um avanço que pode revolucionar a comunicação e a computação. Na Rússia, um youtuber construiu um sabre de luz retrátil, inspirado em "Star Wars", usando tecnologia de plasma e materiais resistentes ao calor.
Mas talvez o projeto mais ambicioso seja a busca por uma "estrela artificial" aqui na Terra. Os cientistas estão desenvolvendo reatores de fusão nuclear que replicam os processos de energia do Sol. Usando isótopos de hidrogênio, como deutério e trítio, a fusão promete gerar energia limpa e virtualmente ilimitada. Para se ter uma ideia, um único grama desses isótopos pode produzir a mesma energia que 11 toneladas de carvão — sem a emissão de poluentes. Projetos como o ITER (International Thermonuclear Experimental Reactor) em França e o EAST na China já alcançaram marcos significativos, mantendo os plasmas superaquecidos a milhões de graus Celsius por tempos recordes.
À medida que a humanidade avança em direção a feitos que pareciam ficção, fotos históricas como a de 1941 nos lembram que o passado também guarda seus enigmas. O "misterioso iPad" do menino pode nunca ser explicado definitivamente, mas a curiosidade que desperta é a mesma que leva os cientistas a explorar os limites do possível. Seja qual for a verdade por trás da imagem, uma coisa é certa: a linha entre fantasia e realidade está cada vez mais tênue – e isso, por si só, é algo digno de um filme de ficção.
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